Comércio na RMC cresce aproximadamente 8% em novembro
O faturamento do comércio na Região Metropolitana de Campinas (RMC) aumentou em 7,73% em novembro de 2020, se comparados aos dados de outubro. No entanto, quando a comparação é com novembro de 2019, verifica-se uma redução de 4,63%, considerando que o setor ainda sofre sob o efeito da pandemia provocada pela Covid-19.
De acordo com o economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o crescimento do faturamento demonstra a recuperação gradual do varejo após o impacto negativo registrado a partir de abril.
Martins destaca também as expansões de 49,77% na inadimplência na comparação novembro/outubro de 2020, e de 9,54% entre novembro/2020 e novembro/2019, motivadas pelo aumento das vendas a prazo maior do que o pagamento das contas atrasadas.
Na RMC, o faturamento com vendas físicas no décimo primeiro mês do ano foi de R$ 3,1 bilhões e movimentou 95,37% do faturado em 2019.
As vendas de bens não duráveis, como drogarias e farmácias aumentaram 2% e, nos supermercados e hipermercados evoluíram 14,4%. As vendas de bens duráveis, como os materiais de construção, cresceram 40,9% e os setores de móveis e lojas de departamento aumentaram em 5,7%.
Já o setor de vestuário sofreu redução de 8,2%. Na categoria serviços, o setor de turismo e transportes teve queda 51,5% e bares e restaurantes também sofreu com 27,9% de redução nas vendas. Os postos de gasolina tiveram as vendas reduzidas em 12,10%.
Em plena expansão prosseguem as vendas no varejo digital (comércio eletrônico), que registraram aumento de 40,5%, saindo de R$ 222,7 milhões, em 2019, para R$ 312,9 milhões em novembro de 2020. Avaliando o período acumulado de janeiro a novembro de 2020, as vendas no comércio de Campinas e região acumularam uma perda de R$ 4,6 bilhões (redução de 15,25% em relação ao mesmo período de 2019).
A previsão do economista Laerte Martins é que, com o retorno à fase amarela, o setor de comércio e os serviços da RMC deve amargar uma possível redução das vendas em dezembro, abaixo das registradas no último mês de 2019.
Foto: Votura Indaiatuba News/Arquivo-Grupo RVC