Crise da covid-19 fecha em um mês 1.913 postos de trabalho em Indaiatuba

Cidades

Os dados são do Observatório da PUC-Campinas com base no Caged de maio.

Os trabalhadores têm perdido os seus postos de serviços no comércio e indústria com a crise gerada pela pandemia do coronavírus.

Em maio houve o registro de 10.784 postos de trabalho fechados na RMC – Região Metropolitana de Campinas. Os dados foram levantados pelo Observatório PUC-Campinas, baseado nas informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.  

De janeiro a maio já foram 32 mil vagas de empregos fechadas na região. Esse é um dos piores resultados desde 2010, segundo a análise da universidade.
Indaiatuba foi a terceira cidade que mais fechou postos na RMC, 1.913, e junto com as cidades de Campinas (-3.393), Valinhos (-2.053) e Sumaré (-1.509), cujo saldo de postos perdidos equivale a 82% do total da região, foram as mais impactadas.
O comércio é responsável por cerca de 11 mil desligamentos (37% do total), pois foi atingido diretamente com a restrição de funcionamento. Os serviços de hospedagem e alimentação também estão sofrendo, seguidos pela a indústria de transformação, responsável pela eliminação de 6,6 mil vagas.  
As demissões concretizadas em 2020 afetaram principalmente os trabalhadores de nível médio, com idade entre 30 a 39 anos (30%), e também na faixa de 50 a 64 anos (23%). Segundo o levantamento, os desligamentos acometeram igualmente homens e mulheres. Os números refletem a intensidade da crise que assola toda a economia brasileira, segundo a economista Eliane Rosandiski, responsável pela análise do Observatório. No Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de postos de trabalho formais foram subtraídos, somente o estado de São Paulo reduziu cerca de 354 mil vagas.
“Além disso, os dados do PNAD apontam para a continuidade da queda da massa de rendimento dos ocupados, e a redução na taxa de participação confirma a ampliação da vulnerabilidade, em função do número de pessoas em situação de desalento”, destaca a professora extensionista. 

Foto: Votura Indaiatuba News/Grupo RVC

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