Vereadores devem votar subsídio extra a Sancetur/SOU na próxima quarta

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Após os vereadores adiarem na segunda-feira (13) a votação do Projeto de Lei 64/2020 do Executivo Municipal, que prevê pagamento de R$ 529.920,00 por mês a empresa Sancetur/SOU Indaiatuba, os ônibus deixaram de circular na sua totalidade em Indaiatuba na terça-feira (14), retornando somente na quarta-feira (15) às 12h. Os vereadores Alexandre Peres e Ricardo França já se posicionaram contrários ao novo subsídio para a empresa, antes de o líder do governo, o vereador Luiz Alberto Pereira solicitar vistas do projeto por dois dias.
Representante do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região divulgou um vídeo na manhã da quarta-feira (15) na garagem da empresa, cobrando dos vereadores a aprovação do projeto de Lei do Executivo, caso contrário, o transporte coletivo sofrerá nova paralisação na próxima semana.
O projeto de lei que poderia ser votado nesta semana através de uma sessão extra, acabou sendo adiado, e deve ser votado somente na próxima sessão ordinária da Câmara, marcada para quarta-feira (22) às 18h, devido ao ponto facultativo de segunda-feira (20) e feriado de Tiradentes na terça-feira (21).

Sancetur/SOU venceu licitação por R$ 0,07
Os envelopes das propostas comerciais da concorrência do Transporte Coletivo Urbano foram abertos em 11 de julho de 2019 e a empresa Sancetur/Sou Indaiatuba que ofereceu um valor de R$ 4,60 para a prestação de serviço definitivo, R$ 0,10 a menos do que a operadora recebia com o contrato emergencial pela tarifa cheia, R$ 4,10 pago pelo usuário mais R$ 0,60 pago pela Prefeitura como subsídio, totalizando a tarifa de R$ 4,70. A empresa concorrente West Side forneceu uma proposta com valor da tarifa cheia de R$ 4,67.
No dia 31 de janeiro de 2018, a administração municipal decretou a caducidade do contrato com a empresa Viação Rápido Sumaré/Citi – Companhia de Transportes de Indaiatuba e assinou na sequência quatro contratos emergenciais de seis meses cada com a SOU/Sancetur – Santa Cecília Turismo Ltda.
Segundo o edital, a Prefeitura de Indaiatuba havia informado que o valor da tarifa cheia a ser recebido poderia ser de até R$ 5,47 e o prazo de concessão seria de 15 anos podendo ser renovado por mais 15 anos.
Já a West Side informou na ocasião que realizou todos os cálculos necessários e que para operar com qualidade não daria para o valor ser menor do que os R$ 4,67 que propôs. Na sequência foram analisadas as razões, contrarrazões apresentadas, e uma ação ajuizada com pedido de liminar travou a assinatura do contrato definitivo até janeiro desde ano.

Foto: Indaiatuba News/Grupo RVC

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