Reclamações em relação ao comércio online aumentam 208%, diz Procon
Mesmo sem ter acabado, o segundo semestre de 2020 já registrou 120.714 mil reclamações relacionadas a problemas sobre compras online, praticamente a mesma quantidade dos primeiros seis meses completos deste ano, quando 121.173 pessoas se queixaram. Até 17 de outubro, 241.887 protestos ocorreram contra 78.419 de todo 2019, o que revela o aumento de 208%.
Os principais questionamentos realizados pelos clientes são a demora ou não entrega do produto e problemas com cobranças.
De acordo com Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, a pandemia de coronavírus não pode ser usada como desculpa. “Independente do aumento da demanda, os dados demonstram que as empresas não se preparam para as vendas online. Fornecedores vendem o que não têm no estoque, atrasam a entrega, não avisam sobre a cobrança do frete, são muitas reclamações e, por parte das empresas, respostas automáticas e protelatórias”, afirma Capez.
Diante do cenário e a fim de evitar novos problemas que poderão se repetir na Black Friday, o Procon-SP convocará uma reunião com as principais empresas do comércio varejista eletrônico. “Vamos solicitar que tomem providências para atender aos direitos dos consumidores. Esses fornecedores precisam investir mais no seu pós-venda, o consumidor não pode ser refém de empresas que só pensam em vender”, diz Capez.
Segundo o Procon-SP, os consumidores que tiverem algum tipo de problema podem entrar em contato através do site, aplicativo (disponível para Android e iOS) ou via redes sociais.
Foto: Reprodução/Pexels
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