ABCVAC lança campanha em prol da vacinação

Cidades

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) lançou em setembro a campanha em prol da vacinação: #VacinarSalvaVidas. O objetivo, de acordo com a entidade, é ampliar a informação sobre os benefícios da vacinação para o público. As estratégias incluem ampla divulgação nas redes sociais, inclusive com tutoriais sobre como denunciar vídeos e notícias falsas.

Segundo a ABCVAC, as vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. Com elas, erradicou-se no mundo a varíola e no Brasil, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano materno e o tétano neonatal. O continente africano só foi declarado livre da poliomielite no mês passado. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) diz que, sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até 200 mil crianças por ano.

“Temos um problema sério de aderência à vacinação no Brasil, tanto que a cobertura vacinal tem caído nos últimos anos e isso nos preocupa. Temos dificuldade de convencer, principalmente, o público adulto a se vacinar”, afirmou o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa.

De acordo com Barbosa, por mais que algumas medidas sejam interpretadas como obrigatoriedade, é fundamental que a sociedade se conscientize de que o resultado desse trabalho é o controle de doenças como a coqueluche. A queda na cobertura de vacinação contra o sarampo fez a doença ressurgir no país. “Vacina é um bem coletivo. A vacinação individual é importantíssima e gera uma proteção de grupo”, ressaltou Barbosa.

Para a ABCVAC, os movimentos antivacinas colaboram excessivamente para a redução dos índices de vacinação. Sua expansão se dá pela autonomia adquirida pela população para a prática não científica da medicina, baseada em fatos não comprovados, via redes sociais ou sites.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), após a pandemia, 80 milhões de crianças abaixo de um ano estarão com o calendário vacinal desatualizado, e isso significa a porta de entrada para o retorno de doenças como sarampo e poliomielite.

Foto: Divulgação

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