Dia das Mães e e-commerce “salvam” as vendas do comércio

Cidades

No acumulado do ano (janeiro a maio) as perdas no faturamento do setor foram de R$ 2,7 bilhões

As vendas do comércio na Região Metropolitana de Campinas (RMC), em maio último, ficaram 38,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2019. No entanto, se comparadas a abril de 2020, houve uma elevação de 5,51% nas vendas. Considerado apenas o período referente ao Dia das Mães, a influência negativa do efeito da pandemia também fez que as vendas ficassem 47,5% menores do que as verificadas em 2019. No entanto, contribuíram para o crescimento dos negócios em relação a abril de 2020. A inadimplência também registrou queda em comparação a abril (-3,70%). Em relação a maio de 2019, a redução foi de 11,98%.

O volume da movimentação financeira em maio chegou a quase R$ 1,8 bilhão na RMC, e a R$ 738,5 milhões em Campinas. No mesmo período de 2019, os volumes foram, respectivamente, de R$ 2,8 milhões e de quase R$ 1,2 milhão, o que representa uma queda de aproximadamente 38% na região. As vendas à vista foram destaques em maio, com expansão de 11,19%. As vendas físicas continuaram positivas para os setores de supermercados e hipermercados e farmácias e drogarias. Já os segmentos de beleza, bares e restaurantes, oficinas e pneus, academias de ginástica seguiram com índices negativos, provocando essa perda total no faturamento do varejo de maio. Na avaliação do acumulado do ano (janeiro a maio de 2020), as vendas no varejo de Campinas e região registraram uma perda no faturamento de R$ 2.749,6 bilhões, queda de 21,2%.

E-commece

De acordo com o economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Laerte Martins, as vendas online sobre o varejo (e-commerce) apresentaram uma excelente evolução, alavancadas pelo delivery, prática que se firmou ainda mais, com a chegada da pandemia. “A movimentação do comércio eletrônico em maio foi de cerca de R$ 255 milhões, contra os R$ 185 milhões de 2019, o que representa aproximadamente 35,14% de crescimento.”, explica Martins.

Antevendo às necessidades imediatas e futuras dos seus associados, a ACIC acaba de disponibilizar uma plataforma gratuita que permite a inclusão também de pequenos e médios empresários no universo digital, imprescindível para os negócios que desejam permanecer relevantes e que ultrapassa o momento de crise econômica, gerada pela pandemia da Covid-19. A plataforma, desenvolvida em parceria com a MarketUP, startup especialista nessa tecnologia, está disponível tanto para desktop (ambiente principal do computador) quanto mobile (adaptada a qualquer aparelho móvel, seja ele um tablet ou um smartphone). Essa ferramenta auxilia na organização e no controle dos processos internos, como estoque, finanças, emissão de nota fiscal, contas a pagar e a receber, emissão de relatórios e gerenciamento de serviço de entregas (delivery), entre outros. Os associados têm também acesso a criação de loja virtual gratuita, dentro do sistema, com layout personalizado da sua empresa e com toda estrutura necessária para que possam cadastrar seus produtos, integrar os meios de pagamento e o frete, por exemplo.

Junho

As expectativas para junho de 2020 são baseadas na flexibilização da quarentena. No entanto, vai depender do resultado do confinamento e da redução da circulação de pessoas na atividade comercial para que Campinas possa permanecer na chamada “Fase Laranja” do Plano SP de Retomada das Atividades Econômicas. “Com certeza, deveremos ter um mês ainda muito negativo para o comércio varejista.”, afirma o economista da ACIC.

Para a presidente da Associação, manter a cidade na fase laranja exige uma grande mobilização por parte de todos. “Os comerciantes estão fazendo a sua parte, conforme as normas das autoridades sanitárias. Cabe à população também contribuir com a sua, cumprindo as normas de distanciamento social determinadas na Fase Laranja para que possamos seguir em frente”, diz a presidente da ACIC, Adriana Flosi.

Foto: Divulgação

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