Indaiatuba testa filtros de ar externos

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Tecnologia inédita no País, desenvolvida pela Mann+Hummel, filtra partículas finas e gases nocivos à saúde

Indaiatuba está recebendo, para testes, um sistema de filtragem de partículas finas e gases nocivos do ar. Inédito no País, o projeto
desenvolvido pela Mann+Hummel foi implantado há dois anos na Alemanha e também foi adotada na França, Índia, China e Coreia do Sul.
Quatro torres para filtragem do ar serão instaladas na Praça Dom Pedro II (Centro), região com grande fluxo de veículos e circulação de pessoas. Os equipamentos funcionarão por seis meses. Nesse período, os dados coletados serão analisados no laboratório da Mann+Hummel e por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Depois das avaliações, as torres poderão ser mantidas no local e levadas para outros bairros por meio de parcerias.
Denominada Public Air Solutions, a tecnologia possui sistemas automatizados que detectam a necessidade de fazer a filtragem das partículas finas geradas pelo tráfego ou pela indústria e que são nocivas à saúde. O processo atua em conjunto com a natureza e pode ser utilizado em ambientes externos ou internos, como terminais rodoviários ou estações de metrô. A ideia é implantá-la regiões metropolitanas e cidades como São Paulo. Uma torre modelo foi inaugurada no dia 20, em frente à fábrica da empresa em Indaiatuba, no Jardim Tropical.

Know-how
Segundo o vice-presidente e gerente geral da Mann+Hu-mmel, o belga Bert Kempeneers, muitas cidades ao redor do mundo estão atentas às altas concentrações de poluição causadas pelas partículas finas em suspensão no ar. “Estamos aplicando nosso know-how para limpar o ar ao nosso redor para proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população”, comenta.
O equipamento filtra partículas finas com dimensões entre 2,5 e 10 mícrons, além de dióxido de carbono (CO2) e óxidos de nitrogênio, nocivos ao sistema respiratório. Para que o sistema seja eficiente, a área a ser filtrada é analisada por equipamentos de medição de poluentes e um software, que determinam a quantidade de torres e a distância entre elas. A manutenção requer a troca dos filtros para partículas finas uma vez ao ano e dos filtros para CO2 a cada três meses.

Foto: Divulgação

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