Gaspar volta atrás e dispensa licitação para novo emergencial do Transporte Coletivo
Foi publicado em uma segunda edição nesta quinta-feira (31) da Imprensa Oficial do Município o termo de ratificação do despacho do prefeito Nilson Alcides Gaspar (MDB) referente ao processo administrativo Nº 2102/2019, dispensando a licitação para contratação emergencial de um novo período de até 180 dias para realização de serviço público de transporte coletivo de passageiros.
O prefeito voltou atrás, contrariando a informação repassada para a imprensa no dia 23 de janeiro, que ainda no próprio dia 23 estaria sendo lançado uma licitação para contratação emergencial para dar continuidade aos serviços, já que o segundo emergencial com a Sancetur/SOU Indaiatuba venceria no dia 6 de fevereiro.
Tarifa salta para R$ 4,10
O usuário do transporte coletivo urbano a partir do próximo dia 10 arcará sozinho com a nova tarifa de R$ 4,10. Para cada R$ 3,50 pagos pelo usuário é acrescido atualmente um subsídio de R$ 0,60 oferecido pela administração para a empresa, totalizando os R$ 4,10. Porém, já foi anunciado pela administração municipal que o subsídio também continuará sendo pago para a empresa, sendo assim a tarifa composta poderá saltar para até R$ 4,70.
Ainda, segundo Gaspar, no mesmo dia 23, ao revogar a licitação se comprometeu que no prazo máximo em 30 dias iria abrir novamente o certame da licitação definitivamente.
Usuários reclamam de problemas constantes
Muitos usuários do transporte coletivo de Indaiatuba estão reclamando dos serviços prestados pela Sancetur / SOU Indaiatuba. O problema em relação aos horários que não são cumpridos, a lotação e a manutenção dos ônibus são os mais comentados.
“Só piorou depois que mudou a empresa, fico mais de uma hora esperando o ônibus e tem vez que não aparece, chega somente após duas horas”, comentou Marlene Ferreira.
“Não adianta ter ar-condicionado e internet, que por sinal não pedimos isso, se os funcionários são péssimos na maioria. São mal educados, correm pelas ruas, viram com tudo nas esquinas, está uma vergonha a qualidade dos serviços, e a prefeitura não faz nada”, reclamou Marcos Soares.
“Já tiveram vários acidentes envolvendo esses ônibus, não adianta serem novos se os motoristas parecem que estão levando carga dentro. Conforto péssimo. Eles dizem que para cumprirem os horários, se não são penalizados, precisam correr. Uma vergonha mesmo”, disse Maria de Lourdes.
O auxiliar de mecânico, Flávio Ribeiro comentou em relação as mudanças. “Quiseram colocar tudo no ônibus, porém tiraram empregos dos cobradores, e com certeza o valor da passagem vai subir. Dão com uma mão retiram com a outra. A população que mais precisa que paga a conta. Estou decepcionado com as atitudes desta administração”.
“Estou vendo vários ônibus da Sancetur circulando pela cidade com faróis queimados, um grande perigo para a população. Também já me falaram que a empresa está utilizando pneus recauchutados reformados na dianteira dos ônibus, o que é proibido por lei. Estamos correndo risco. A fiscalização da prefeitura não vê isso? Não multa a empresa. Tenho até fotos”, reclamou Rafael Rodrigues Marins.
A reportagem não conseguiu contato com a Sancetur/SOU Indaiatuba.
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