Consumo de água mineral aumenta em Indaiatuba

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A população de Indaiatuba está consumindo mais água mineral nos últimos meses. Com a falta de chuva, a água fornecida na torneira está com odor e gosto diferentes nos últimos meses, é o que relatam munícipes que procuraram o Jornal Indaiatuba News, dizendo que começaram a consumir água mineral em galões ou mesmo em garrafas.

Com a escassez da água nos mananciais e nas represas, Indaiatuba vem aumentando a captação de água do Rio Jundiaí, que é Classe 3, para não interromper o abastecimento nos bairros. Porém, a qualidade do líquido bruto não é a mesma encontrada no Rio Capivari-Mirim, Ribeirão Piraí, Córregos do Barrinha e Barnabé, e das represas do Cupini e Morungaba, todos Classe 2.

“Com essa água que está chegando em nossas torneiras, não consigo nem escovar os dentes, estou comprando garrafas de água mineral nos supermercados”, comentou a Ana Tereza Fernandes.

“Quando vou tomar banho vem aquele cheiro da água do Rio Jundiaí, não tenho coragem de utilizar esta água fornecida para cozinhar e beber, tive que começar a utilizar os galões grandes de água mineral”, relatou Beatriz Gomes.

Já o morador Eclécio Juvenal também disse a respeito da água. “Essa água da torneira está muito ruim, mesmo utilizando filtros o gosto não muda. Compro toda a semana mais de 10 garrafas de água mineral no supermercado. Estou tendo mais este gasto por mês agora. E ainda já cheguei a ir comprar água e não ter mais para venda. É mais um trabalho para nós”, disse.

A reportagem pesquisou os valores cobrados em alguns estabelecimentos na cidade. Vários comerciantes relataram que houve um aumento da demanda nos últimos meses, mas o valor do produto tem se mantido.

O galão de água mineral de 20 litros está custando em média R$ 12 nos distribuidores. A garrafa de 1,5 litros custa de R$ 1,50 a R$ 2,30 e o galão de 5 ou 6 litros em torno de R$ 10 nos mercados.

Segundo informações do Saae Indaiatuba publicadas no Portal G1 em maio, “a água é potável e não oferece prejuízo à saúde dos moradores. O Saae aponta que os motivos para essa alteração são os represamentos ilegais feitos pelas propriedades rurais ao redor do Ribeirão, além da falta de chuva. Os dois fatores diminuem a vazão do rio e aumentam a carga de resíduos, o que dificulta o processo de tratamento pois é necessário utilizar mais produtos químicos.”

Foto: Jornal Indaiatuba News

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