SOU Indaiatuba não recolhe o FGTS e INSS dos trabalhadores mesmo recebendo subsídio da Prefeitura, afirma sindicalista

Cidades

Vários funcionários e ex-funcionários da Sancetur / SOU Indaiatuba denunciaram a falta de recolhimento do FGTS e INSS, além de constantes atrasos no pagamento e vales. Segundo o vice-presidente do Sindicato, Izael Soares de Almeida, desde o início da operação da SOU em Indaiatuba, em fevereiro de 2018, apenas alguns depósitos dos impostos foram realizados, e em alguns casos somente o de setembro. Onze funcionários demitidos no início deste ano, então impossibilitados de realizarem a homologação, não podendo acionar o seguro desemprego. “Tem pessoa querendo utilizar o FGTS para financiamento imobiliário e não está conseguindo por falta do depósito de recolhimento”, afirmou.
No caso do INSS é ainda mais grave, pois a parte que é descontada dos funcionários está sendo sonegada pela empresa, que acaba se apropriando indevidamente dos valores. “Quem, está para se aposentar, sofre com todas estas questões”, disse.
A empresa já assinou três contratos emergenciais com a Prefeitura de Indaiatuba e uma licitação está em andamento com previsão agora para abertura em 7 de maio, com o novo adiamento, pois estava marcada para o dia 2 de maio. O sindicalista também cobra o porque da administração municipal não fiscalizar a empresa referente aos depósitos do INSS e FGTS, já que a empresa agora vem recebendo dinheiro público para subsidiar as operações. Alguns trabalhadores já ingressaram com reclamação no Ministério do Trabalho.

Guarda Municipal impede agressão a sindicalista pelo proprietário da empresa

A assembleia realizada no início do mês na garagem da Sancetur em Paulínia, após paralisação dos funcionários da empresa que é responsável pelo transporte escolar de Paulínia, foi marcada por um tumulto após a chegada do proprietário da empresa, Marco Antonio Abi Chedid, conhecido como Marquinho, ex-presidente da Câmara de Campinas e atual presidente do Clube Atlético Bragantino, conforme divulgado pela CBN Campinas.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Campinas e Região, Izael de Almeida, a assembleia discutia o desconto, que ele afirma ser ilegal, da contribuição sindical no valor de R$ 90 no holerite dos trabalhadores, além de outros problemas que seriam enfrentados pelos trabalhadores da empresa, como falta de depósito de FGTS e INSS e falta de uniforme.
Aos gritos, Chedid avançou sobre o sindicalista Izael de Almeida e tentou retirá-lo do local, mas é contido pela Guarda Municipal, que acompanhava a assembleia. Os fatos foram registrados em uma filmagem realizada por uma pessoa ligada ao sindicato. Após a confusão, Izael confirmou que a empresa depositou os R$ 90, que haviam sido descontados dos funcionários.
A reportagem entrou em contato com a empresa para comentar as denúncias, mas não obteve retorno.

Foto: Arquivo/Indaiatuba News

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